“O vermelho, infelizmente, ainda está na Bahia e eu vou ajudar a limpar”. A frase é da deputada federal Dayane Pimentel (PSL), durante uma sessão solene na Câmara dos deputados, em Brasília.


Seria uma posição natural para quem se elegeu pelo PSL. Seria. 
O discurso está em um vídeo resgatado de 13/03/2019, que circula nesta terça (24) no aplicativo de conversas WhatsApp, onde a deputada solta os cachorros em cima do PT. “Matam a nossa infância e matam nossa juventude”, disparou.

Porém, neste segundo turno das eleições em Feira de Santana, a deputada esqueceu do seu discurso esfuziante de março de 2019. Durante Live na segunda (23), deu a entender que vai votar no PT, pois não votará em Colbert, não votará nulo ou em branco.

A dúvida é como Dayane Pimentel vai convencer eleitores do PSL, seu partido, a votar no PT no segundo turno em Feira de Santana. Nunca é demais repetir: a então desconhecida candidata Dayane se elegeu aproveitando a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

A posição contraditória de Dayane no segundo turno em Feira não passou despercebida entre os Bolsonaro. Filho 03 do presidente da República, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) voltou a atacar Dayane Pimentel, ao compartilhar uma notícia sobre o apoio da professora ao candidato Zé Neto.

Eduardo tratou de apresentar a candidata derrotada à Prefeitura em Feira, que obteve menos de 5% dos votos válidos, aos seus seguidores. "É mais uma que só foi eleita graças ao Presidente Bolsonaro e virou as costas a seus eleitores", provocou. "Chama de traíra não que ela não gosta, hein", advertiu.

Em apenas dois anos de um mandato pouco produtivo, a deputada coleciona polêmicas e algumas denúncias de irregularidades.