O prefeito Colbert Filho
reconheceu o colapso em relação a vagas de UTI para covid-19 em Feira de
Santana, como o blog do Velame divulgou na sexta (3/7). Em entrevista ao
programa de Carlos Geílson neste sábado (4/7), Colbert diz ter conferido
pessoalmente a situação em alguns hospitais particulares da cidade.
“Realmente, 100% dos leitos de
UTIs privados e públicos estão ocupados. Tivemos dois dias de
um maior nível de casos confirmados e internações”, explica o prefeito.
“No Hospital de
Campanha, por exemplo, por volta de 8 da noite, havia 9 leitos de UTI ocupados
e paciente chegando para ocupar o único livre. Dos 50 leitos clínicos do
hospital, 24 estavam ocupados, mas com perspectiva de aumentar”, explica.
Colbert diz que
manteve contato com a direção do Hospital Geral Clériston Andrade e foi
informado que todos os leitos de UTI para covid-19 também estavam ocupados na
sexta-feira (3).
“Eu mesmo estive no Hospital
Unimed para visitar funcionários da Prefeitura e amigos internados. Lá as UTIs
estavam cheias. Também estive no São Matheus e HTO e também não havia vagas de
UTI”, acentua Colbert.
PROVIDÊNCIAS – O prefeito
diz que ainda neste sábado (4) deve assinar contrato com a empresa que gerencia
o Hospital de Campanha para aumentar o número de leitos de UTI – não informou quantos.
“Esperamos, também, os
40 novos leitos de UTI do Clériston Andrade 2, que serão fundamentais”,
salienta Colbert.
O prefeito também informou
uma conversa com o governador Rui Costa. “O governador Rui Costa ligou na sexta
(3) ao meio-dia. Temos contatos frequentes. Ele questionou sobre a quantidade
dos leitos de UTI e o que estávamos fazendo para amenizar a situação”, destaca
Colbert.
Sobre a possibilidade de um segundo
Hospital de Campanha em Feira de Santana, Colbert praticamente descartou. “Tentei
fazer isso antes. Hoje demoraria umas três semanas para concluir, tempo em que
o pico de coronavírus em Feira já deva estar em equilíbrio e estabilizado. O
que é mais viável e rápido é a ampliação do número de leitos de UTI no Hospital
de Campanha já existente”, pontuou.
O gestor também comentou sobre a
recomendação de lock down (fechamento) em Feira de Santana, como recomendado
pelo Comitê Científico do Nordeste. “Tratei este assunto também com o
governador. Penso que o fechamento de uma cidade como Feira de Santana, entre 14
a 21 dias, como recomendado, é inviável sob muitos aspectos. Não é possível. Teríamos que analisar as consequências.
Mas estamos abertos a análises conjunturais”, argumenta Colbert.
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