O desfile do 7 de Setembro esse ano terá uma ausência confirmada. O Grito dos Excluídos não terá a participação da Igreja Católica. Em comunicado a movimentos sociais, sindicatos e pastorais da Igreja Católica, o presidente da Cáritas Arquidiocesana, Reginaldo Dias de Miranda, anuncia que a decisão “parte da necessidade de repensar a nossa caminhada e refletir sobre a atuação da Igreja no Grito dos Excluídos nos últimos anos”. A seguir o comunicado completo.
“Comunicamos às Lideranças das Pastorais, Igrejas em suas diversas Denominações Religiosas, Movimentos Sociais, Sindicatos comprometidas em construir o Grito dos Excluídos em nossa Arquidiocese, que este ano não iremos às ruas no desfile de 7 de Setembro. A decisão não parte apenas da Cáritas como uma Pastoral da Igreja Católica, mas parte da necessidade de repensar a nossa caminhada e refletir sobre a atuação da Igreja no Grito dos Excluídos nos últimos anos. O lema do grito faz uma chamada que nos ajuda a refletir o caminho percorrido até aqui e, ao mesmo tempo, o que temos feito enquanto pastorais e igreja. Reiteramos que não deixaremos de lutar, faremos uma reflexão interna. O cenário político atual nos impulsiona a seguir na luta por um projeto popular capaz de propor as mudanças que o país precisa e unificar a luta em torno do respeito à democracia e à justiça social. A Cáritas assume seu compromisso com os excluídos/as, acreditamos que o grito é uma ação permanente e não pontual, nos comprometemos em realizar ações com a participação do conjunto das Pastorais, Movimento Sociais, Trabalhadores/as e os Empobrecidos/as da sociedade.”

Reginaldo Dias de Miranda - Presidente da Cáritas Arquidiocesana